segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Está insatisfeito? Proteste e feche a sua Rua!

Os bloqueios de ruas e estradas por manifestações de qualquer tipo já se tornaram moda no país, está insatisfeito com o salário? Bloqueie uma via! Quer terra? Bloqueie uma rodovia! Alguém foi atropelado? Bloqueie a estrada! Desempregado? Feche sua rua! O novo absurdo dos excessos das liberdades do cidadão não se preocupa em prejudicar a vida de milhares de pessoas, nem se você desabafa e os critica através de um texto na mídia. Eles querem que você se dane, afinal de contas eles estão com um problema e querem uma solução.
Até que ponto chegou a falta de civilidade de alguns grupos que se dizem defensores dos direitos do cidadão, virou a mais completa banalização da falta de respeito aos direitos dos demais cidadãos, o direito deles começa antes mesmo do seu e não tem fim.
Acredito e defendo que o direito de se manifestar é uma das bases da democracia, mas deve ser usado de forma responsável e em defesa de questões pertinentes ao bem comum, lembrando que o direito de um termina quando começa o do outro.
Mas são cidadãos brasileiros que estão ali, cívicos... em alguns casos levam até seus filhos pequenos para participarem, os colocam na linha de frente do protesto, diante de policiais e batalhões de choque, nossa... que exemplo de pais, tentando ensinar valores aos filhos desde pequenos.
Que valores? Ah... Como enfrentar os órgãos repressores e garantir que seus pais continuem com a desordem.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eduardo, meu caro!!
Que bom que fizeste um blog...

Agora o comentário.... Diga-me uma coisa... o acinte está propriamente em que?

Em protestar pelo que alguém considera um direito ou atrapalhar o outro? Não ficou claro no texto.

De todo modo vejo um problema... Ei-lo:
Se o acinte advém do suposto direito, trata-se de determinar se é um direito legítimo. Porém, quem haverá de determiná-lo? O Estado? Mas quando o Estado reconhecerá que um direito legítimo do cidadão não está sendo oferecido pelo Estado e que é correta a manifestação pública? Se não for o Estado, eu? ou você? ou os próprios manifestantes? Esse é um beco sem saída...

E se o acinte vier da manifestação, mesmo sendo um direito legítimo do cidadão. Mas se o direito dos manifestantes, legítimo, pode ser desrepespeitado sem maiores considerandos e conseqüências, porque o seu direito seria mais importante para ser respeitado? Menos importante também não é, mas quem haverá de julgar se um é mais importante ou merece mais respeito que outro? Aqui também um beco sem saída.

Em resumo, uma opinião como a sua, oposta à minha - como você sabe - reside no fundo na diferença de ideologias: eu de esquerda, você de direita. E não de argumentos irrefutáveis.

O que não é propriamente um problema. Só me parece que faria melhor você se assumisse esse lado, ao invés de apenas recorrer a argumentos aparentemente não vinculados à ideologia de quem os professa.

Abraços
Manoel Galdino

Eduardo P. Strobel disse...

Caro Manoel, obrigado por seu comentário, acreditei ter sido claro no texto quando de diversas formas dei a entender que o problema está em interferir de maneira arbitrária no direito do outro.Neste caso até me atrevo a lembrar até do aposentado Direito Natural.O direito de ir e vir do cidadão não é um direito legítimo?! O mundo é regido por normas e regras de convivência, caso contrário o caos social seria instaurado (velhas falhas do Direito Natural), neste ponto por bem e/ou mal o Estado se faz presente seja ele de esquerda ou direita.
No caso dos métodos das referidas manifestações, uma minoria(seja com a razão ou não) acaba por prejudicar a maioria(incluindo eu ou até você) e violar as leis do Estado(Que já não são aplicadas da forma prevista).
Nós vivemos em sociedade,e infelizmente para alguns, existem regras e normas estabelecidas, que a cada dia que passa são combatidas em nome de uma pseudoliberdade.Se cada um fizer o que quiser aonde vamos parar?!
Os argumentos mencionados estão ai para todos verem, todos os dias na mídia e nas ruas, são fatos que realmente vão de encontro a ideologia pregada por esses movimentos, mas estão diretamente vinculados com as suas atitudes.
Abraços